A fonte da vida fez questão de nos classificarmos,
desde
nosso surgimento na terra.
Criança, jovem, maduro e
idoso.
Ela não estava errada.
Faz parte do contexto da
criação. Deus quis assim.
Mas em troca deu-nos a opção da
imaginação solta no ar
Quando eu chegar ao idoso, posso
também ser uma criança idosa.
Também posso ser um jovem
idoso, sonhar, amar, jogar uma pelada,
até me apaixonar.
Porque não?
É também posso ser um idoso maduro, mais ou menos
coerente.
Levar uma vida ativa, movimentada, atada ao tempo,
mas deslavadas de preconceitos.
Olhando-me no espelho, achei
até engraçadas e com saudades, as minhas rugas.
Fiquei
olhando e pensei: nunca vou me esquecer dessa ruguinha.
Foi
de tanto fumar.
Esta outra foi de tanto beijar.
Aquela
meia tortinha foi das noitadas de porrancas.
Mas essas duas
são minhas favoritas, são as maiores em minha face,
bem do
lado da minha boca.
Registraram todos os sorrisos que demos em cumplicidades. E
digo.
A despeito de tudo que passei e passo, até aqui a vida
me valeu e vale.
Para mim o tempo passou.
Eu não!!!
Hoje tenho um pedido simples, que posso chamar até de desejo
Nunca ser chamado de velho...